Leo Feijó, empresário, consultor e um dos responsáveis pela renovação da noite carioca, com a criação de espaços como a Casa da Matriz e o Teatro Odisseia, fala da importância da economia criativa para o desenvolvimento econômico. Para ele, é preciso apostar no treinamento e na qualificação do empreendedor da área cultural.
RIO - Ano novo, vida nova. As reclamações contra as dívidas herdadas da gestão passada continuam, mas o prefeito Rodrigo Neves (PT) promete boas novidades para Niterói em 2014. Uma delas será a instalação, por R$ 8 milhões, de 500 câmeras de monitoramento ligadas ao chamado Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), que Rodrigo planeja construir no Trevo de Piratininga.
— Não é uma função da prefeitura, mas a cidade precisa de uma resposta concreta à sensação de insegurança. Niterói será a primeira cidade do Brasil que terá monitoramento por câmeras em todos os bairros — informa Rodrigo.
O prefeito anuncia ainda a descentralização dos investimentos da prefeitura em melhorias urbanas — que, segundo ele, priorizaram a Zona Sul nos últimos anos — e aponta a Região Oceânica como um dos lugares que receberão “mais atenção’’ em 2014. Repetindo uma promessa de seu antecessor, Jorge Roberto Silveira (PDT), Rodrigo diz que fará a pavimentação e a drenagem de cem ruas da região — o que dá uma média de uma via asfaltada a cada três dias.
— Pegamos um prefeitura falida. Não foi fácil. Com muito trabalho, conseguimos produzir um superávit de quase R$ 250 milhões. Gastamos menos e nos esforçamos mais — diz Rodrigo.
Em relação a projetos de infraestrutura, o prefeito avisa que a Região Oceânica deverá ser o foco dos investimentos não só em 2014, mas nos dois anos seguintes. Além da execução de serviços de pavimentação e drenagem em cem ruas (um projeto elaborado em parceria com o governo estadual), estão previstas obras de saneamento e mobilidade. Em Itaipu, a Avenida Ewerton da Costa Xavier — mais conhecida como Avenida Central — vai se tornar uma via binária de mão única. O percurso no sentido oposto será feito pela Avenida Professora Romanda Gonçalves. O município também refez o projeto de macrodrenagem da Bacia do Santo Antônio, em Piratininga. No total, serão investidos R$ 20 milhões na construção de um piscinão e de um sistema de bombeamento.
— Vamos mudar a divisão de investimentos na cidade. Nos últimos 20 anos, houve uma concentração de recursos para a Zona Sul. O poder público tem que descentralizar as verbas e orientar um processo de desenvolvimento em outras áreas da cidade, como a Região Oceânica e o Centro — diz Rodrigo.
Túnel começa ano que vem
O tão esperado túnel entre Charitas e Cafubá começa a ser perfurado no ano que vem. Sua construção é uma das principais etapas da via expressa, batizada de Transoceânica, que ligará a Região Oceânica à Zona Sul. De acordo com Rodrigo, o contrato de construção e exploração do corredor, assinado na gestão passada com a ViaOceânica, será rescindido esta semana.
— Essa suposta obra de concessão foi licitada às vésperas da última eleição, às pressas, sem qualquer tipo de cuidado. O projeto não tinha licenciamento ambiental e estabelecia um pedágio acachapante ao cidadão, de R$ 11. O rompimento do contrato será unilateral, por interesse público — avisa o prefeito.
Prefeitura com sala de vidro, câmeras, microfones e transmissão pela internet para setor de licitações
O caso é no município parananense de Londrina com informação do G1:
Prefeitura monta sala de vidro para garantir licitações transparentes
Com a medida, Prefeitura de Londrina acredita que vai reduzir corrupção. Sala terá ainda câmeras e microfones para transmitir pela internet.
Do G1 PR, com informações da RPC TV Londrina
A Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, montou uma sala envidraçada para abrigar o setor de licitações do município. A ideia, segundo a Secretaria de Gestão, é dar mais transparência aos processos de compra de equipamentos e serviços para a cidade.
O espaço vai funcionar no prédio da própria prefeitura onde, anteriormente, existia uma agência bancária. Também serão instaladas câmeras e microfones, para que todas as negociações sejam transmitidas pela internet e possam ser acompanhadas pela população
São Paulo -- Um drone já é uma solução muitíssimo mais barata que um helicóptero tripulado para captar imagens aéreas. Mas a Altave, empresa de São José dos Campos (SP), desenvolveu uma solução ainda mais econômica usando balões.
Além de servir para filmagens e monitoramento aéreo, os balões podem prover acesso à internet. Por enquanto, a empresa trabalha com balões cativos (ou aeróstatos), presos ao chão por cabos. Mas ela já faz testes com outros modelos.
Um desses balões cativos foi empregado pela Secretaria de Segurança do Estado do Rio para monitorar o entorno do estádio Maracanã na final da Copa das Confederações deste ano.
Lá, o aeróstato foi posicionado a 100 metros do chão com um conjunto de câmeras de segurança a bordo, incluindo uma de visão noturna, que opera com luz infravermelha. As câmeras transmitiram imagens a uma central de controle, de onde a polícia poderia identificar eventuais problemas e agir se fosse necessário.
Esse sistema também foi testado no último Carnaval, no Sambódromo carioca; numa ação policial na favela da Maré, também no Rio de Janeiro; e na final da Taça Libertadores, no Mineirão.
“O balão é como uma torre, mas é flexível. Pode ter alturas que vão de 50 a 300 metros e pode ser transportado facilmente. Temos vários, com diâmetros que vão de 1,5 a 5 metros e com diferentes capacidades de carga”, diz Leonardo Nogueira, sócio-diretor da Altave.
São Paulo -- Um drone já é uma solução muitíssimo mais barata que um helicóptero tripulado para captar imagens aéreas. Mas a Altave, empresa de São José dos Campos (SP), desenvolveu uma solução ainda mais econômica usando balões.
Além de servir para filmagens e monitoramento aéreo, os balões podem prover acesso à internet. Por enquanto, a empresa trabalha com balões cativos (ou aeróstatos), presos ao chão por cabos. Mas ela já faz testes com outros modelos.
Um desses balões cativos foi empregado pela Secretaria de Segurança do Estado do Rio para monitorar o entorno do estádio Maracanã na final da Copa das Confederações deste ano.
Lá, o aeróstato foi posicionado a 100 metros do chão com um conjunto de câmeras de segurança a bordo, incluindo uma de visão noturna, que opera com luz infravermelha. As câmeras transmitiram imagens a uma central de controle, de onde a polícia poderia identificar eventuais problemas e agir se fosse necessário.
Esse sistema também foi testado no último Carnaval, no Sambódromo carioca; numa ação policial na favela da Maré, também no Rio de Janeiro; e na final da Taça Libertadores, no Mineirão.
“O balão é como uma torre, mas é flexível. Pode ter alturas que vão de 50 a 300 metros e pode ser transportado facilmente. Temos vários, com diâmetros que vão de 1,5 a 5 metros e com diferentes capacidades de carga”, diz Leonardo Nogueira, sócio-diretor da Altave.
Via Cabo explica porque tirou a TV Cultura da sua grade de programação. E aí?!?!
Acabo de interagir via chat com a Via Cabo para questionar o motivo de não conseguir mais sintonizar a TV CULTURA. O diálogo foi o mais surpreendente possível. Absurdo: ELA SIMPLESMENTE FOI RETIRADA DA GRADE DE PROGRAMAÇÃO. Total falta de respeito com o cliente que adquire um produto e eles vivem mudando sem prévio aviso. Abaixo a íntegra:
11:07:23Olá jorge luis seja bem vindo(a) ao atendimento Online da Viacabo! Por favor, nos informe o código do contrato ou o CPF do titular da assinatura.
jorge luis
11:07:3800XXXXXXXXX
Bruna
11:08:03Confirme por favor o e-mail e o Celular para contato.
jorge luis
11:08:43jocamuylaert@XXXXXXXX E XXXXXXXX
Bruna
11:08:49Obrigado pelas confirmações, anote por favor o protocolo deste atendimento: 25127558. Como posso lhe ajudar?
jorge luis
11:10:20Gostaria de saber como sintonizar a PROGRAMAÇÃO DA TV CULTURA, POIS TIRARAM DO AR, AO QWUE ME PARECE
jorge luis
11:10:23QUE
jorge luis
11:11:34Tenho ficado impossibilitado de assistir programas como roda viva e observatório da imprensa
Bruna
11:12:30 O canal Tv Cultura não esta mais disponível, devido alguns canais que foram obrigatórios na grade este canal teve que ser substituído pelo canal Tv Escola.
jorge luis
11:13:22Então não se tem mais a programação do TV Cultura definitivamente?
jorge luis
11:14:21A TV Escola não substitui a Cultura JAMAIS
Bruna
11:15:50Não terá acesso neste canal. E a substituição não é comparativa com a programação, mas sim uma substituição devido obrigatoriedade da agência reguladora.
A ativista Jane Jacobs dizia que a cidade é uma eterna obra inconclusa, um imenso laboratório de tentativa e erro.
Para ela, as cidades têm algo a oferecer às pessoas apenas porque, e apenas quando, são criadas e moldadas pelas pessoas. É só olhar em volta e percebemos que há uma porção de gente tentando usar seus talentos para moldar espaços urbanos em lugares melhores para viver. O que faz com que sejam bem sucedidos é que algumas cidades possuem sistemas que permitem e convidam as pessoas a fazer isso – enquanto a estrutura burocrática de outras emperra e desencoraja esse processo criativo.
A boa notícia é que São Paulo vai ganhar uma plataforma para que os paulistanos proponham ideias para sua cidade chamada Sampa Criativa, uma iniciativa do SescSP, SenacSP e da Fecomércio. Nesse portal poderão entrar iniciativas como a da minha amiga Carolina Ferrés, que está tentando convencer uma incorporadora imobiliária na Vila Madalena, em São Paulo, a trocar um muro por uma cerca verde, para criar uma superfície mais interessante de ser percorrida. “Precisamos de uma cidade com menos muros” diz ela, e eu concordo.
Também haverá espaço para o projeto do artista plástico Ciro Schu e do orquidófilo Alessandro Marconi, que criam esculturas de madeira com orquídeas plantadas pela cidade. O vídeo que mostra o trabalho deles me deixou emocionada ao ver dois homens sensíveis e lindos plantando respiros de beleza em uma cidade tão cinza.
A verdade é que depois de passar um ano percorrendo 12 destinos pelo mundo entrevistando urbanistas, políticos, empresários e ativistas, as iniciativas mais interessantes que encontrei eram como essas da Carol, do Ciro e do Alessandro: vinham das pessoas que estavam experimentando ideias e testando as vocações das suas cidades. E aí percebi que, quando se trata da gestão política de uma cidade, os bons projetos não são só os que envolvem uma ideia para resolver um problema. São principalmente os que criam sistemas para que as ideias das pessoas sejam testadas e incorporadas ao processo de planejamento urbano. Como diz o pesquisador e escritor Augusto de Franco, inovação não é ter uma ideia genial, é criar um ambiente que permite que a inteligência coletiva aconteça. Em outras palavras, as cidades brasileiras precisam de sistemas para que a Carol, o Ciro e o Alessandro possam testar e melhorar progressivamente suas ideias para transformá-las em modelos replicáveis. E espero que essa lacuna seja preenchida pela Sampa Criativa.
Quando me perguntam qual o projeto mais bacana que conheci com o Cidades para Pessoas sempre cito o Instituto de Sustentabilidade de Portland, que tem como função conectar os setores que moldam a cidade. O instituto tem sedes em alguns bairros de Portland, onde faz articulações entre a iniciativa privada, as organizações ativistas, a universidade e o poder público. Nas palavras do diretor do Instituto Rob Bennet, eles “conectam os ‘queros’, ‘tenhos’ e ‘possos‘ para transformar desejos em projetos coletivos”. Foi desse sistema que a vontade de morar em uma cidade mais agradável substituindo a infraestrutura cinza (concreto e asfalto) por verde (concreto permeável e canteiros de plantas) se transformou no projeto Grey to Green. Como em Portland chove muito, a água que corria por cima do asfalto chegava muito poluída ao rio Williamette, que corta a cidade. Agora, com estruturas permeáveis, a água se infiltra aos poucos no solo e chega muito mais pura aos lençóis freáticos. Era só isso que faltava para que o processo de despoluição das águas do Williamette, que começou há 30 anos, chegasse a um nível em que as pessoas pudessem nadar no rio novamente. Foi a criação desse sistema onde ideias podem ser testadas que permitiu que as pessoas possam agora nadar no rio durante o verão.
O sociólogo Robert Park diz que “a cidade é a tentativa mais bem sucedida do homem de refazer o mundo em que vive mais de acordo com os desejos do seu coração. Mas, se a cidade é o mundo que o homem criou, é também o mundo em que está condenado a viver daqui por diante”. Sistemas centralizados em que poucas pessoas tomam as decisões que moldam a vida de muitas tendem a nos deixar reféns de uma cidade ruim. Sistemas que, ao contrário, permitem que a inteligência coletiva se manifeste, tendem a nos devolver o direito à cidade que, nas palavras do geógrafo David Harvey “não é um direito individual de ter acesso aos recursos urbanos, é um direito coletivo de mudar a cidade e, em última instância, mudar a nós mesmos”. Espero que estejamos nesse caminho.
(semana que vem farei um texto mais detalhado contando como vai funcionar a Sampa Criativa)
Em poucas horas, NY transformou pistas automotivas em espaços para pedestres e revolucionou sistema de transportes da cidade
Débora Spitzcovsky 7 de outubro de 2013
Ok, a mobilidade urbana está um caos, mas melhorá-la pode ser menos trabalhoso (e mais barato) do que imaginamos. Quer um exemplo? A cidade mais populosa dos EUA, Nova York, conseguiu, em uma noite, devolver parte de suas ruas – que haviam sido tomadas pelos carros– para os pedestres.
A história foi contada por Janette Sadik-Khan, secretária de Transportes da cidade americana, em visita ao Brasil. Segundo ela, em 2002, a infraestrutura de NY estava um caos: 90% do espaço das ruas era ocupado por carros, mas 90% das pessoas estavam insatisfeitas e queriam mais áreas públicas para caminhar e conviver. A solução? Liberar 90% do espaço para os pedestres.
Colocar a ideia em prática parece uma missão impossível, mas – acredite! – foi mais fácil do que você está pensando. Na época, a prefeitura da cidade não tinha dinheiro para grandes obras, o que fez Sadik-Khan sugerir que o espaço dos carros fosse devolvido aos pedestres, apenas, por meio de sinalização.
Foi o que aconteceu: em uma madrugada, munida de placas e tintas para pintar as pistas, uma equipe da prefeitura devolveu aos pedestres diversos espaços públicos. Entre eles, um canteiro central, no Brookyn, que era usado como estacionamento informal pelos veículos e se transformou em praça de convívio.
A solução de Sadik-Khan era ousada e, portanto, provisória. O acordo era que as ruas poderiam ser devolvidas aos carros, se necessário. No entanto, a resposta da maioria da população foi tão positiva que o governo não teve coragem de voltar atrás. Pelo contrário: a ideia só foi para frente.
Com a mudança, as pessoas passaram a se sentir mais donas das ruas e, consequentemente, tornaram-se mais receptivas a qualquer projeto que previsse livrar a cidade do “carrocentrismo”. Dez anos depois, NY possui centenas de quilômetros de ciclovias e váriasfaixas exclusivas de ônibus, além de ter reduzido o limite de velocidade dos veículos em 15 km/h, entre outras melhorias.
É ou não é uma história inspiradora para as nossas grandes cidades? Mudar pode ser mais fácil do que se imagina, ainda mais munidos de uma das principais “armas” dos brasileiros: acriatividade.