"Não conheço nenhum outro país que funcione assim", estranha o britânico Philip Gold, consultor internacional de segurança viária, mobilidade urbana e acessibilidade. Segundo ele, esse é um sistema perfeito para garantir a péssima qualidade das calçadas. "A construção e a conservação deveriam ficar a cargo das prefeituras, afinal, elas fazem parte da via pública. E os moradores deveriam ser proibidos de mexer no passeio."
A ideia de Gold para as cidades brasileiras é ambiciosa e simples. Ele defende a criação de uma rede viária de circulação a pé. E uma rede contínua, que permita a qualquer um ir de um ponto a outro com as próprias pernas - ou braços, no caso dos cadeirantes -, sem obstáculos. É o que ocorre em Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos, berço do movimento hippie e onde circulam muitos ex-combatentes da Guerra do Vietnã com suas cadeiras de rodas.
Da Revista Simples / Ed Abril
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